Quarta, 06 Julho 2022 12:39

Remédios vencidos são de doações e já estavam separados para serem descartados

Publicado por Juliana Silva dos Santos
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Denúncias envolvendo remédios vencidos em Candeias do Jamari têm causado conflitos na cidade. Por meio de vídeo, vereadores registraram o armazenamento de medicamentos vencidos na Central de Abastecimento Farmacêutico – CAF, localizado na parte superior do Hospital de Pequeno Porte – HPP.

No intuito de denegrir a imagem da atual gestão, os parlamentares esqueceram de esclarecer a população, que os remédios estavam todos separados para serem descartados, conforme foram informados, por meio de documentos pela farmacêutica responsável pelo CAF, Maria Natalia. “Os remédios vencidos são oriundos de doações e nós temos as notas de recebimento, além de memorandos solicitando a retirada desse material inutilizado pela população, que estavam há mais de dois anos sendo acumulados”, esclarece Natália.

O secretário municipal de saúde, João Bosco, entretanto, sustenta que os remédios estavam separados, aguardando a coleta que seria nos próximos dias e que muitos remédios venceram em 2020, outros em 2021, mas nenhum foi comprado com recurso público da administração. “O atual gestor assumiu uma Prefeitura falida, sem médicos, sem medicamentos, com o hospital de urgência e emergência fechado e o município incluso no CADIN, sem condições de abrir qualquer processo de licitações. A solução foi recorrer as Prefeituras e ao Governo do Estado, que doaram diversos tipos de medicamentos, com menos de um ano de validade, que logo seriam perdidos, entre eles até material para procedimento cirúrgico, que não foram utilizados, pois não dispomos de centro cirúrgico em Candeias do Jamari”, esclarece João Bosco, frisando que existe um controle de entrada e saída de medicamentos, de forma ordenada.

Medicamentos vencidos necessitam ser descartados de forma adequada

O ideal é que o descarte de medicamentos vencidos seja feito em pontos de coleta específicos, conforme obrigatoriedade da Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Medicamentos vencidos, quando vão para aterros ou para a rede pública de esgoto, contaminam a água e o solo. Além de provocar sérios danos ao meio ambiente, esses procedimentos atingem também quem maneja resíduos em lixões, por exemplo e não podem ser descartados de forma irresponsável”, frisa o secretário, lamentando o ocorrido, quando a atual gestão trabalha com transparência e responsabilidade e respeito ao dinheiro público.